Tempo! O compositor do destino.


Todo homem morre, mas nem todo homem vive de verdade.

Você naturalmente não precisa das minhas palavras para entender que a vida é curta e merece ser desfrutada ao máximo, muito menos de um livro. Todos nós sabemos que, um lindo dia, não estaremos mais aqui e o que realmente importa são as coisas aparentemente sem importância. Infelizmente, muitos se perdem e não aprendem isso da maneira como deveria e quando percebem que estão envelhecendo ficam amargurados e sem rumo.
O filósofo Sêneca na sua obra "Sobre a Brevidade da Vida" alerta que a maior parte de nós, queixa-se desse curto momento que estamos destinados, e segundo a afirmação da maioria, o espaço de tempo que nos foi dado corre tão rápido, de forma que, à exceção de poucos, a vida nos abandona justamente em meio aos preparativos para viver a vida.
O triste é que não é somente a multidão e a turba insensata que se lamenta deste mal considerado universal: a mesma impressão provoca queixas também em homens e mulheres ilustres. Daí temos uma frase na obra do filósofo Sêneca que sintetiza todo o contexto da sua lucidez que diz: "A vida é suficientemente longa e com generosidade nos foi dada, para a realização das maiores coisas, se a empregamos bem. Mas, quando ela se esvai no luxo e na indiferença, quando não a empregamos em nada de bom, então, finalmente constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela já passou por nós sem que tivéssemos percebido." 
Uma pena, não enxergamos essa simplicidade e vivemos nesse mundo as vezes mesquinho, as vezes fútil e banal. Uma mesquinhez insaciável apossa-se de, um de outro, uma trabalhosa dedicação a atividades inúteis, um pobre cidadão vive a busca da beleza externa e esquece da essência, outro se desgasta numa ingrata bajulação a seus superiores e ao desfrute do julgamento pré-concebido, e a maioria que não persegue nenhum objetivo fixo e que ainda não definiram para onde dirigir suas vidas são levados no desgostoso mundo do senso comum de tal forma que não duvido ser verdadeiro a frase de um grande poeta: "Pequena é a parte da vida que vivemos." Pois todo restante não é vida, mas tempo e como diz a letra da música de Lulu Santos "Não há tempo que volta amor; Vamos viver tudo que há pra viver; Vamos nos permitir". 
E se hoje fosse o seu último dia da sua vida? Você tem coragem de olhar para o seu passado e dizer que valeu a pena? Se a resposta for positiva meus parabéns, mas se a sua resposta for negativa não perca mais tempo e aproveite o muito (ou pouco) que ainda lhe resta.




1 comentários:

Anônimo disse...

Rogério o Platão já dizia que Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz isso sim deve ser combatido.
Adorei o texto...