Revolução do pensamento

As lembranças verdadeiras pareciam fantasmas, enquanto as lembranças 
falsas eram tão convincentes que substituíam a realidade.

Gabriel García Marquez, Doze contos peregrinos (1992)

Hoje é um dia estranho. O tempo está diferente, me sinto estranho e isso não é normal. Lá fora está cinza, pálido e sem graça. Lá fora existem muitas coisas, muitos "botões" para apertar, mas não consigo enxergar nada. Estou cego! Paralisado diante tudo, paralisado por não conseguir falar a língua do processo, a língua do sistema. Não que eu seja analfabeto, mas para dominar essa gramática é preciso muito, mas muito mais que um mero estudo. Na verdade o que eu sinto hoje é o que todos sentem, a verdade amigo(a) é que eu, você e todas as pessoas do meu e do seu circulo de convivência estão paralisados, mas alguns poucos infelizes e azarados conseguem perceber e outros da mesma forma infelizes e azarados vivem como se tudo estivesse normal.
Não, não vou expor o meu ponto de vista com relação ao sistema, tanto é que esse tema é muito complexo e eu poderia muito bem criticar ou até mesmo defender a forma como lidamos com isso e tudo seria apenas a minha opinião acerca dos meus conhecimentos e das minhas e nossas hipocrisias.
O que talvez eu tente levantar em questão agora nesse exato momento é o fato de colocar e analisar algumas situações não como uma crítica ferrenha e intransigente, mas como uma forma de tentar entender as limitações do nosso famigerado intelecto e propor situações que agregue algo positivo no sentido da evolução da nossa sociedade.
Atualmente estamos diante de um processo evolucionário que penetra com muita coerência principalmente  nas ações culturais, sociais e econômicas da nossa sociedade. Para você perceber onde quero chegar precisamos entender que esse método é antes de tudo um fenômeno gerado pela necessidade dinâmica do capitalismo. É isso mesmo que você entendeu! Estou falando da já conhecida globalização. Um processo que abastece e dar força um número limitado de grandes organizações, mas que por outro lado limita e provoca desigualdade.
Para falar a verdade eu Rogério Vaz mero mortal nesse Pálido ponto azul designado por planeta terra não tenho currículo para propor ideias que revolucione nosso modo de pensar, pois sou apenas uma mistura das informações freqüentemente com a conivência cínica dos meios de comunicação convencionais, essas idéias são acessíveis em toda parte, mas por outro lado não valorizam o conhecimento apurado e fidedigno acerca do conhecimento. Mas de qualquer forma quero propor aqui nesse espaço a possibilidade de elevarmos o nosso pensamento para uma reflexão acerca da forma que lidamos com o processo evolucionário e só assim tentar propor ferramentas que melhore essa desigualdade provocada pelo processo para iluminar e dar cor aos nossos dias, pois só assim vamos algum dia enxergar e é no ato de pensar que às vezes nos revela algo que não queremos enxergar.